O público recifense poderá conferir a partir desta quarta-feira (16), a exposição ” Quando a vida é uma euforia”, da artista plástica Joana Lira. Com curadoria de Mamé Shimabukuro, a mostra que já passou pelo Instituto Tomie Ohtake, entra em cartaz agora no Centro Cais do Sertão, no Recife Antigo, e traz recortes da criação desenvolvida por Joana para o carnaval durante 10 anos de trabalho. A exposição que poderá ser conferida até 17 de março ainda traz conversas, experiências e oficinas.
O trabalho de Joana com o carnaval começou com a missão de dar novo significado à decoração nas ruas e complementar o brilho do carnaval. De 2001 a 2011, Joana apresentou uma nova identidade visual para a logomarca e estabeleceu uma nova estruturação e integração dos foliões com a cidade do Recife. “Nossa cultura carnavalesca é muito rica, são muitas manifestações. Tem o Maracatu Nação, o Maracatu Rural, o Afoxé, os Caboclinhos e muitos ritmos além do frevo. É uma diversidade realmente muito grande, vinda da história brasileira. Nós vestíamos a cidade com personagens relacionados a tudo isso. E a curadoria da Mamé Shimabukuro trabalhou muito em cima da emoção do Carnaval, através da identidade visual criada neste período, entre os mais de 300 personagens que nasceram, com suas estampas e alegorias. Então, contamos a história desse projeto, a história dessa festa, mas o nosso grande propósito foi gerar emoção, tocar e transformar”, contou Joana Lira.
A exposição “Quando a vida é uma euforia” vai ocupar o Cais do Sertão em quatro núcleos com as inspirações e o processo criativo da artista. No núcleo de Pertencimento, registros que revivem a vida da artista,textos, fotos e videos que fizeram parte de sua formação. Junto a eles estão exemplos de obras de artistas que foram homenageados nos carnavais em que ela esteve à frente do trabalho de decoração e iconografia, a exemplo dos mestres Ariano Suassuna, Lula Cardoso Ayres, Abelardo da Hora, Cícero Dias, Vicente do Rego Monteiro e Tereza Costa Rêgo.
Em paralelo à exposição, acontecerão ações educativas a partir da interlocução poética do carnaval e as obras de Joana com experiências vivenciadas pelo público nas ruas do Bairro do Recife, onde o carnaval atinge sua apoteose. Uma maneira de dialogar entre a poética visual e a linguagem traduzida das manifestações populares em espaços públicos.
O que você encontrará neste post:
Confira a programação dos encontros:
16.1, quarta
15h – 16h30
A narrativa do caboclo de lança: conversa com Mestre Nico
Percussionista e artesão pernambucano radicado em São Paulo, Mestre Nico começou a tocar e a exercitar a arte do bordado aos quatro anos. Na conversa, ele irá falar de ancestralidade, religião, transcendência e outros aspectos relacionados à sua cultura.
Auditório É do Povo
20.1, domingo
16h – 18h
Experiência sonora com Maurício Badé, diretor musical da exposição
Músico, percussionista, estudioso da música negra brasileira convida o público para uma troca sobre o leque sonoro da exposição “Quando a vida é uma euforia”.
Espaço Umbuzeiro
Serviço:
“Quando a vida é uma euforia”, de Joana Lira
Visitação de 15 de janeiro a 17 de março.
Cais do Sertão – Recife Antigo.