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Instituto Lira abre as portas no coração de Casa Forte

Uma rufada de arte no coração de Casa Forte. É o que promete o Instituto Lira, que abre hoje as portas, com um acervo construído ao longo de 40 anos pelo arquiteto Carlos Augusto Lira. O lançamento do espaço aconteceu na noite desta quarta-feira (31/10), na Arena Arbor, montada nos jardins da CASACOR PE – que encerra a edição 2018 no próximo domingo (4).

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Coleção traz diversidade de estilos (Foto: Divulgação)

O acervo fica disponível ao público em mostras rotativas. Neste primeiro momento receberá grupos convidados e, posteriormente, agendará visitas por telefone. A exposição que abre a casa, “Viva a Arte Popular Brasileira”, traz grandes nomes da arte popular, maioria absoluta na Coleção Lira. O novo espaço cultural ocupa o andar térreo da casa, de número 324, na Praça de Casa Forte, onde funciona também (no andar superior) o escritório do arquiteto.

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Cerca de 500 peças fazem parte do acervo exposto no local (Foto: Divulgação)

A Coleção Lira é tida pela pesquisadora Ciema Mello, da Fundação Joaquim Nabuco, como a mais importante coleção de arte popular do Brasil. Isso pelo fato de haver nela o registro de fases diversas de um olimpo de artistas do porte de Severino Vitalino.

Embora não seja a maior do País em número de peças, ela também impressiona pelo volume, com quase cinco mil itens catalogados. “Carlos Augusto é um benfeitor cultural do Brasil. Formar a coleção é difícil, manter é heróico, exige do colecionador disciplina, perseverança.

Arte para as futuras gerações

A arte popular é um retrato da alma brasileira e do nosso imaginário. Se eu fosse uma autoridade, se tivesse prestígio político, apoiaria o Instituto Lira, pensando nas futuras gerações, para que um dia esse tesouro não corra o risco da dispersão”, reforçou.

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Arquiteto reuniu mais de cinco mil peças, ao longo de 40 anos (Foto: Divulgação)

A Coleção Lira, como um todo, reúne obras que vão do erudito ao popular, de nomes consagrados internacionalmente a anônimos; de joias a colheres de pau. Foram citados por Carlos Augusto, entre outros, Laurentino, Galdino, Cunha, Manoel Graciano, Pixiló, Antônio Leão, Bajado, Alcides, Nuca, Baê, Vitalino, Eudócio, Severina Batista, Ana das Carrancas, Expedito, Fernando (da Ilha do Ferro), Benedito, Sil, José Antônio da Silva e Vicentina Julião.

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Do erudito ao popular, coleção traz artistas do mundo inteiro (Foto: Divulgação)

Como o local é relativamente pequeno para o volume de peças (serão 500 no primeiro momento), Carlos pretende organizar grupos para as visitações, com 50 pessoas, no máximo, por vez. “Assim não comprometeremos o fluxo e o aproveitamento das visitas. De tempos em tempos vamos mudando o acervo”, explica.

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Visitação abre primeiro para convidados, depois receberá o público (Foto: Divulgação)

Um dos focos estará nos estudantes. De acordo com o arquiteto colecionador, a proposta é que visitas tenham também um caráter didático e possam lançar sementes, perpetuando o gosto pela arte genuína, formando novos admiradores e artistas populares. “Peço uma chance aos governantes para trabalhar melhor. Isso é o Brasil, é de todo mundo. Tenho muito medo que o acervo guardado no galpão não suporte o mofo, a umidade. Fui proibido pelos meus filhos (Joana e Pedro), em 2015, de comprar mais peças e catalogar tudo. Foi deles a ideia do Instituto. Pensei em Olinda, no Bairro do Recife, mas optei por Casa Forte, para não parar com a arquitetura. Eu preciso dela, pois a ela (aos meus clientes e parceiros) eu devo a possibilidade de poder bancar esse projeto”, agradeceu.

Carlos Augusto Lira - Instituto Lira abre as portas no coração de Casa Forte
Carlos fez um discurso emocionado no lançamento (Foto: Gleyson Ramos)

A partir do lançamento, a entidade buscará parcerias de empresas públicas e privadas. Entre expectativas, a conquista de espaço mais amplo que possa acolher toda a coleção de arte popular e a promoção de eventos, como oficinas e palestras. Hoje a coleção de arte popular está dividia entre o Instituto, em Casa Forte, onde a exposição inaugural traz uma seleção de 15% das peças, devido às limitações de espaço; a residência do colecionador, em Apipucos; e a reserva técnica, no Cordeiro.

Joana e Carlos - Instituto Lira abre as portas no coração de Casa Forte
Joana Lira, uma das incentivadoras para a criação do Instituto, ao lado do pai, Carlos Augusto (Foto: Gleyson Ramos)

Instituto Lira

Praça de Casa Forte, 324, Casa Forte, Recife-PE

Fone: (81) 3268-1360

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