Inaugurado em junho de 2016 no Rio de Janeiro, o Hotel Ritz Copacabana é um belo exemplo de retrofit. O arquiteto Mario Santos pôde explorar o conceito contemporâneo com pinceladas de arte popular.
Sem grandes custos, a ideia foi preservar o charme e os hábitos do bairro, valorizando o design brasileiro. No local em que antes havia um prédio ultrapassado e decadente, Mario imprimiu a vivacidade, a pulsação e a alegria de Copacabana.

O prédio, antes todo compartimentado e cheio de cubículos, abriu espaço à amplitude e à luz. O mármore vermelho da fachada permaneceu, preservando a história do lugar.
No lobby, paredes deixaram de existir e ambientes foram incorporados. A entrada principal foi para a esquina, de onde, segundo Mário, vê-se o mar e de onde as pessoas têm a melhor visão do hotel.

Ainda no lobby, a luminária de discos suspensa é desenhada pelo arquiteto. Ela dá a sensação de flutuação e liberdade. Além de explorar o pé-direito e trazer uma luz tênue, que convida ao descanso.
No espaço estão as poltronas Shell, do Estudiobola. As mesas carambolas, com desenho autoral de Mario, servem como apoio de malas e como pufes.
Casando com esses elementos, um tigre da Família Julião, de Minas Gerais. Sobre um aparador, as famosas Cabeças de Dona Irinéia, de Alagoas.

O que você encontrará neste post:
A presença da Arte no Hotel Ritz Copacabana
“Faço questão que os meus trabalhos tragam a arte popular brasileira. Principalmente em hotelaria. É preciso mostrar a importância de ter arte e design brasileiros. Arte popular, para mim, é tudo. Temos que divulgar para o mundo”, ressalta.
Há clara influência da herança de Janete Costa no olhar do filho quando, ao lado das peças de artistas populares, convivem em perfeita harmonia peças de arte contemporânea assinadas pelo pernambucano José Paulo e pela mineira Rita Lessa.
Do primeiro, esculturas em aço corten, recheadas de pedras ovais. De Rita, desenhos que retratam a Cidade Maravilhosa. São quadros com paisagens rapidamente reconhecidas. Desde o Cristo Redentor ao da orla.
“É importante esse diálogo. Rita passeia e faz uma ligação entre a arte contemporânea, a arte erudita e a arte popular”, pontua.

A madeira está presente em todos os ambientes do Hotel Ritz Copacabana, esquentando e trabalhando a acústica. O café é equipado com as cadeiras Helga, do Estudiobola (modernistas, com encostos em couro natural).
Nas paredes, o vidro amplia e ilumina o ambiente. Além de escancarar o mar e os telhados de Copacabana. “O Rio tem essa confusão de telhados. Não são os de Paris, mas são folclóricos, pitorescos. Os turistas adoram”, Rita garante.
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