Depois de décadas de consumismo desenfreado, iniciado desde o fim do século XIX com a industrialização, surge agora o Lowsumerism, da ideia de consumir menos e de forma consciente. O termo vem do inglês low, que significa baixo e consumerism, consumismo. O setor de arquitetura/decoração também incorporou essa proposta e a mudança de comportamento se reflete nos projetos. “As pessoas estão cada vez mais conscientes dos gastos e isso exige do arquiteto soluções criativas/funcionais e com custo otimizado. Bom gosto não precisa combinar com extravagância”, comenta o arquiteto Júnior Piacesi.
Para conseguir projetos que sigam a linha Lowsumerism é preciso optar por itens que consumam menos. “A utilização de lâmpadas de LED é uma boa opção, pois têm consumo mais baixo. Também é possível reduzir o consumo de recursos hídricos por meio de torneiras que limitam a quantidade de água utilizada e válvulas instaladas no vaso sanitário. Nas construções há possibilidade de coleta e reuso da água da chuva”, destacam a designer de interiores Danielle Bellini e o arquiteto Luís Bellini, do escritório Bellini Arquitetura e Design.
Para Júnior, um projeto Lowsumerism precisa ser atemporal. “Dessa forma conseguimos projetar ambientes que atendam à demanda do consumo consciente e sejam menos cansativos, livre de excessos e otimizados. Apostamos no básico, no cinza, no preto, no branco e cores nos objetos que possam ter vida útil curta ou serem trocados sem grandes impactos financeiros”, salienta.
Danielle e Luís finalizam com uma constatação: “Os clientes estão cada vez mais antenados e pedindo as possibilidades que a tecnologia oferece, mas de olho no baixo consumo”.